A inteligência artificial irá substituir ou será aliada do ser humano?

Não há evidências concretas sobre os efeitos da IA nas funções desempenhadas pelo homem, mas a colaboração dos dispositivos inteligentes no sentido de melhorar a capacidade e a produtividade já está acontecendo, inclusive no segmento da segurança eletrônica

Quando o assunto é inteligência artificial, um dos principais receios do ser humano é se a IA, criada por ele próprio, irá substituí-lo ou se ambos serão aliados para melhores resultados. Há várias vertentes e teorias diferentes advindas de especialistas. Embora tenhamos projeções distintas de atividades que serão impactadas pelo avanço das aplicações da inteligência artificial, a maioria dos estudiosos afirma que a tecnologia é, acima de tudo, uma importante aliada do ser humano para a evolução natural da sociedade.

A própria inteligência artificial – por meio do chatbot ChatGPT – quando perguntada sobre a possibilidade de assumir o lugar do ser humano, afirmou que tem limitações e não pode substituí-lo por completo. Ainda acrescentou que pode ajudar na realização de tarefas mais complexas ou sofisticadas, permitindo que os seres humanos explorem o potencial de suas outras habilidades e obtenham resultados mais eficazes em suas entregas.

O relatório Future of Professionals (Thomson Reuters, empresa global de conteúdo e tecnologia), divulgado em agosto deste ano, compartilhou o impacto que o desenvolvimento da Inteligência Artificial Generativa terá no futuro do trabalho. De acordo com o documento, o impacto será transformacional, ou seja, o potencial da IA será usado especialmente para otimizar a produtividade e para entregar dados que colaborem com o homem para a tomada de decisões cada vez mais eficientes.

É inegável a capacidade da inteligência artificial de processar grandes quantidades de dados em um curto espaço de tempo e realizar tarefas operacionais, repetitivas e consideradas complexas, de forma incansável. Nesse sentido, além de já executar funções para as quais o ser humano não está apto, algumas outras atividades que seguem padrões serão cada vez mais incorporadas por dispositivos inteligentes. A estimativa é que até 2030 a IA afete cerca de 800 milhões de trabalhadores em todo o mundo (McKinsey Global Institute).

Isso não quer dizer que o ser humano será totalmente substituído, mas que muitas atividades serão modificadas e outras tantas serão criadas. Com a IA apoiando o aumento da eficiência e da produtividade, bem como automatização de processos que até poucos anos atrás eram feitos manualmente pelo ser humano, cada vez mais os profissionais poderão se concentrar em tarefas de essência estratégica e criativa. Ou seja, muitas funções terão novos escopos, já que atividades que seguem padrões serão executadas – cada vez mais – por máquinas inteligentes.

Inteligência Artificial já é aliada na segurança eletrônica

Estima-se que, em 2021, tenhamos atingido mais de 1 bilhão de câmeras de vigilância no mundo. Esses são dados do último estudo divulgado pela consultoria IHS Markit Technology, em 2019. Essas câmeras são responsáveis pelo monitoramento de áreas públicas e privadas, processos, tráfego, ocupação de estacionamentos, análise de veículos e placas, entre outras finalidades. A dúvida que fica é: qual o tamanho do contingente humano necessário para monitorar essa quantidade de equipamentos e agir em ocorrências que precisam de suporte?

Observando apenas a área da segurança eletrônica, fica claro que, quando a tecnologia da inteligência artificial é aplicada em imagens de câmeras de monitoramento, auxiliando na identificação autônoma de anomalias e situações suspeitas, ela não só substitui o ser humano, mas é necessária para aprimorar, agilizar e tornar mais eficientes tarefas que não teriam suporte humano na quantidade necessária.

Expandindo a análise para a capacidade de autoaprendizagem da IA e sua atuação conjunta com Big Data, as entregas são ainda mais efetivas, uma vez que ocorrem coletas de dados em tempo real e em grande volume. Com o armazenamento e o gerenciamento dos conjuntos de dados coletados, abrem-se possibilidades para atualizações constantes de modelos de IA, o que garante mais relevância e precisão nas ações de segurança necessárias.

Em ações voltadas para a segurança de espaços físicos, a possibilidade da coleta e do processamento de dados abarcados pela inteligência artificial amplia as entregas e o cenário muda: de ações reativas e corretivas para medidas preditivas, garantindo ainda mais proteção para pessoas e ambientes. Quando pensamos em situações críticas, que envolvem risco, urgência ou emergência, a inteligência artificial é um recurso que agiliza o desenvolvimento e o aprimoramento das soluções, sendo uma ferramenta de apoio imprescindível para o sucesso das medidas de segurança.

Como exemplo prático, câmeras de segurança com IA são capazes de identificar ocorrências (vandalismo, assalto, acidente, invasão) e alertar de forma automática a guarnição policial ou equipe de segurança mais próxima para atendimento. Essa tarefa parece muito simples de ser executada por uma pessoa quando existem poucas câmeras para acompanhamento. Mas no caso de centrais de monitoramento com dezenas ou até centenas de telas, conectadas 24 horas por dia, 7 dias por semana, a inteligência artificial é muito bem-vinda para dar suporte à ação humana.

Outro exemplo é o uso da IA para a proteção de torcedores em partidas esportivas, especialmente em estádios de futebol. Quando inteligência artificial e Big Data operam juntos, torna-se possível verificar até mesmo as probabilidades de conflitos entre torcidas antes dos jogos acontecerem. Com essa informação em mãos, equipes físicas de segurança podem reforçar a proteção em determinados jogos ou locais no entorno.

No varejo também há aplicações que, trabalhando em sintonia com o ser humano, melhoram entregas e resultados. É o caso da inteligência artificial usada para reconhecer padrões de comportamento de consumidores em lojas, por meio de análises de imagens de câmeras de segurança, e promover correlações que indicam melhorias, possibilidades de campanhas personalizadas, promoções em determinados setores da loja, etc. Nesse caso, a IA é um recurso fundamental para apoiar na tomada de decisões estratégicas para o aumento das vendas. Ou seja, novamente ser humano e tecnologia agindo juntos.

Substituição ou colaboração da inteligência artificial?

A partir do exposto, é possível perceber que a inteligência artificial supre algumas limitações do ser humano e realiza com muito mais agilidade e precisão diversas tarefas. Portanto, terá sim um impacto significativo nas atividades laborais.

Mas, por outro lado, há muitas funções, inclusive na própria evolução dos modelos de IA e na criação de novas tecnologias, que requerem habilidades humanas únicas, como criatividade, empatia e outras habilidades interpessoais, além de resolução de problemas e imprevistos. Nesse sentido, a inteligência artificial é uma grande aliada para aprimorar o potencial do ser humano, otimizando seu tempo, tornando-o mais produtivo, estratégico, melhorando sua capacidade e a qualidade de suas entregas. 

Com essa consciência, o futuro do trabalho, o progresso e as inovações acontecerão cada dia mais com humanos e tecnologia lado a lado, ambos colaborando de maneira inteligente e entregando o melhor de cada um.

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